Justiça expõe superjuiz na montra
- Fonte
- Correio da Manhã
- Autor
- Eduardo Dâmaso e Henrique Machado
- Data
- 2009.07.10
- Link
O superjuiz Carlos Alexandre, que meteu na cadeia o banqueiro Oliveira e Costa, o suspeito da bomba no bar O Avião ou, há uma semana, o gang do multibanco, está instalado num gabinete do novo parque da Justiça, em Lisboa, que o expõe a uma grave quebra de segurança. O Tribunal Central de Instrução Criminal foi colocado no rés-do-chão de um prédio com paredes de vidro, que não são à prova de bala e que dão uma visão completa sobre o que se passa no interior. Pode ver-se o juiz a trabalhar, a ler processos – vigiar todos os seus passos, fotografá-lo, como o CM fez na manhã de ontem.
Quem for passear o cão para o Parque das Nações, pode entrar pelo relvado do Campus da Justiça e, em pleno jardim, depara-se, através de um vidro banal, com um senhor de óculos e gravata, sem casaco, atrás da secretária de madeira e embrenhado num monte de papéis. Tudo normal, se o senhor não fosse o juiz Carlos Alexandre; se os papéis não fossem os mais explosivos processos de crime económico e violento no País; se só pudessem passar por ali inocentes de trela nas mãos; e se, ao já ter sido ameaçado de morte, o Estado não gastasse mais de seis mil euros mensais com a segurança do juiz.
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